1 Tem muita sede A sede excessiva é frequente quando se tem diabetes tipo 2 – na realidade, a pessoa sente que nem toda a água do mundo lhe consegue saciar a sede. Isto deve-se ao aumento dos níveis de glucose no sangue: o açúcar em excesso acumula-se na corrente sanguínea, o que obriga os rins a trabalharem mais para o filtrar e absorver. Se os rins não conseguem dar vazão, começam a produzir mais urina. Urina-se mais, o que pode levar à desidratação, daí sentir-se muito mais sede. Se se aperceber de que está constantemente a caminho da casa de banho ou sempre com sede (ou a boca seca), consulte o seu médico.
2 Pequenas feridas que não saram rapidamente Um pequeno corte parece nunca sarar. «Quando os níveis de açúcar estão elevados, um corte pode demorar mais tempo a cicatrizar», diz a Dra. Jane Holmes-Walker, endocrinologista em Sydney, na Austrália. «Também pode reparar em mais mais cortes ao fazer a barba e pontas brancas nos folículos capilares. As glândulas sebáceas do rosto ficam vulneráveis a infeções de baixo risco quando se sofre de diabetes tipo 2.»
3 Pés e mãos dormentes e com formigueiro Uma consequência mais complexa é uma lesão nervosa, uma doença chamada neuropatia periférica diabética. Pode sentir picadas ou formigueiro nos pés, dor ou dormência ou a sensação de caminhar em algodão – para algumas pessoas – ou sobre pedras – para outras. A Dra. Jane Holmes-Walker diz que esta doença apresenta um «padrão de luva e meia». «Aparece primeiro na zona onde se começam a calçar as meias e mais tarde pode ocorrer nos dedos das mãos.»
4Ponta do pénis vermelha e inchada Entre os muitos sinais de alarme da diabetes tipo 2 conta-se a disfunção erétil e uma doença chamada balanite. «Isto deve-se com frequência à acumulação de candida, um residente normal da pele mas que aumenta quando há níveis elevados de glicose no sangue», refere a Dra. Holmes-Walker. Se reparar num inchaço no prepúcio ou na ponta do pénis, dor ou descarga, procure o médico – ele irá explicar-lhe como manter a zona limpa e recomendar um creme antifúngico ou antibiótico, conforme a origem do problema.
5 Anda em baixo De todos os problemas que a diabetes pode desencadear, os distúrbios de humor são os mais notórios. Um estudo australiano revelou que uma em cada quatro pessoas com diabetes tipo 2 passa por uma depressão e uma em cada seis sente ansiedade.
O equilíbrio dos açúcares no sangue é fundamental para manter o humor estável. Num estudo norte-americano de 2016, a diabetes estava associada a maior probabilidade de depressão nos homens idosos. Essa probabilidade aumentava com o tempo de diagnóstico: se a pessoa fosse diagnosticada há mais tempo, tinha mais possibilidade de vir a sofrer de depressão.
6 Começa a ver «pontos» Apesar de a diabetes poder danificar os olhos, esses sintomas só surgem quando está bastante avançada. Com o tempo, os níveis elevados de açúcar no sangue danificam os vasos sanguíneos na retina, causando sangramentos e levando à retinopatia diabética. Pode aperceber-se de pequenos pontos pretos flutuantes no seu campo de visão e também sofrer de visão desfocada. É importante fazer um exame de dilatação da pupila, pois a diabetes é a principal causa de cegueira evitável.
7 As gengivas sangram Para a Dra. Jane Holmes-Walker, as pessoas com diabetes têm o triplo da probabilidade de desenvolverem periodontite – uma infeção que danifica as gengivas e pode levar à queda dos dentes. Gengivas vermelhas, inchadas e a sangrar são os principais sintomas desta doença. É importante consultar um dentista pois esta infeção pode ter dois sentidos: os problemas de gengivas podem elevar o nível de açúcar e provocar diabetes.