CUECAS ILEGAIS Certa manhã, em Bridgend, no País de Gales, uma mulher apanhou um assaltante a vasculhar os seus armários. Alarmado, o ladrão fugiu, mas a dona da casa teve um vislumbre, quando ele se baixou, da sua estranha roupa interior. Os boxers excêntricos usados pelo ladrão seriam a sua ruína.
Darren Machon, de 39 anos, já era procurado pela polícia e acabaria por ser preso naquele mesmo dia, depois de uma perseguição automóvel no centro da cidade. Quando mudava de roupa na sua cela, um dos guardas reparara nas suas cuecas, decoradas com desenhos de hambúrgueres, donuts e batatas fritas: a mesma combinação de fast-food que a vítima de assalto descrevera.
A «roupa interior original» de Machon foi usada como prova no Tribunal da Coroa de Cardiff, em agosto passado. Machon foi condenado a dois anos e dez meses por assalto e por condução perigosa.
GRANDE RISCO, NENHUMA RECOMPENSA
Em Stockport, Inglaterra, dois homens decidiram levantar dinheiro de um multibanco de uma bomba de gasolina da maneira mais difícil: encheram a máquina de gasolina e fizeram-na explodir. O par de bandidos conseguiu roubar aproximadamente 25 mil libras e fugiu.
Quando a polícia chegou ao local, deparou com a máquina parcialmente destruída. Porém, como se deixassem gorjeta, os ladrões deixaram cair algumas notas enquanto fugiam. O rasto de notas levou a polícia diretamente ao seu esconderijo, localizado por baixo de um pórtico de sinalização de uma autoestrada. Pendurados no pórtico, os bandidos assustados ficaram quase aliviados por serem presos antes de caírem na estrada, no meio dos carros que passavam. Os ladrões declararam-se culpados de roubo e de «provocar uma explosão passível de causar perigo de vida», sendo condenados a um total de 15 anos e meio de prisão.
NENHUMA PERNA ONDE SE APOIAR
Ninguém descreveria o ladrão em série Paul Bartlett como tendo uma particular atenção ao pormenor.
Usando uma máscara de esqui feita em casa, o bandido, de 47 anos, roubara três lojas na área de Birmingham, em Inglaterra, em três dias, fugindo com álcool, cigarros e dinheiro.
Num dos assaltos, Bartlett perdera tempo a roubar trocos da caixa registadora (confessando ao empregado que estava falido). Noutra altura, acidentalmente, chamara o seu cúmplice, Adam Breen, pelo seu verdadeiro nome, o que ajudou a polícia a encontrar a dupla.
Quando os guardas fizeram buscas na casa de Bartlett, encontraram, entre outros objetos incriminatórios, um par de calças só com uma perna. A outra fora usada pelo ladrão para fazer a máscara improvisada que usara nos assaltos.
Bartlett, que tinha 27 condenações prévias por 78 ofensas, foi condenado a 13 anos de prisão. Breen recebeu cinco anos e dois meses.
POUCO «SMART»
Um britânico juntou «falta de discernimento» à sua longa lista de transgressões quando roubou o telefone da sua advogada.
Charlotte Johnson estava a defender Bobby Heath, de 26 anos, de Strood, no Kent, acusado de conduzir sob o efeito de drogas, quando se apercebeu de que o seu smartphone tinha desaparecido. As imagens do circuito interno de câmaras do tribunal mostraram Heath a metê-lo no bolso.
Heath foi julgado e condenado pelo roubo, tendo sido preso por duas semanas. «Este crime demonstra que ele não quer saber quem são os seus alvos nem se importa com os problemas que causa», disse o agente da polícia David Paine.
PRESO ENTRE GRADES
No passado mês de julho, a polícia e os bombeiros salvaram um ladrão na lavandaria que este tentava assaltar. O homem partiu o vidro da porta com uma pedra e tentou forçar as grades para se esgueirar para dentro das instalações, em Madrid. Contudo, não foi bem-sucedido, acabando com a cabeça presa entre duas das grades.
MUITOS TROCOS E POUCOS ESCRÚPULOS
O assaltante de um posto de correios galês foi detido depois de ter tentado comprar um carro usado com uma enorme pilha de moedas.
As câmaras de segurança do posto dos correios captaram imagens de Daniel Allen Thomas, de 29 anos, a abandonar as instalações, levando dinheiro e cigarros. Pouco depois, Thomas oferecia mil libras em trocos, que pesavam 9,5 quilos, a um homem que estava a vender o seu Renault Clio. Desconfiado, o vendedor recusou, e Thomas voltou com notas.
A polícia apanhou o assaltante depois de um vasto apelo nas redes sociais. Quando confrontado com as imagens das câmaras de segurança e com as provas da venda do carro, Thomas negou que era ele; contudo, acabaria por confessar, sendo condenado a dois anos de prisão.
JUSTIÇA CANINA
Um homem que fugia a pé após uma perseguição a alta velocidade pensou que já estava a salvo: parecia estar a conseguir correr mais depressa do que o polícia que o perseguia – o guarda de trânsito Steve Hutton, de Wiltshire, Inglaterra. Contudo, de repente, o jovem ladrão ouviu: «Agente da polícia com um cão, fique quieto!», seguido de um latido selvagem. Aterrorizado, o jovem parou imediatamente.
O agente, sem fôlego, algemou o homem antes que este se apercebesse de que o cão não era real: tinha sido o guarda a ladrar.
O jovem foi interrogado; porém, acabaria por ser libertado.
MARINHEIROS EMBRIAGADOS
Certa madrugada, na cidade pesqueira de La Rochelle, na costa atlântica de França, quatro jovens de vinte e poucos anos descobriram um catamarã amarrado ao cais de um clube de vela e decidiram ir dar um passeio.
Os jovens soltaram as amarras do Hobie Cat, saltaram para bordo e, com desembaraço, dirigiram-se para alto-mar.
Mas esqueceram-se de verificar algumas coisas: primeiro, tratava-se de um barco pequeno, destinado a dois tripulantes, no máximo; segundo, as tampas dos cascos não estavam apertadas. Antes que os jovens conseguissem afastar o barco da doca, ele afundou-se.
O quarteto foi salvo e atirado para a cela dos bêbedos para – literal e metaforicamente – secar. Os jovens acabaram por pagar 2000 euros pelo restauro do barco.
VEJA POR ONDE VAI!
Um assaltante alemão facilitou o trabalho da polícia.
Depois de roubar a carteira de uma senhora de 81 anos em pleno dia, na cidade de Hildesheim, o ladrão pegou numa bicicleta e fugiu. Para garantir que ninguém o seguia, fez uma curva rápida e não viu um poste de iluminação, chocando contra ele. Abandonando a bicicleta, fugiu a pé.
No entanto, na queda, o ladrão deixara cair um objeto bastante importante: uma carta com o seu endereço.
A polícia chegou a casa do assaltante quase antes dele.
LEIA AS INSTRUÇÕES ANTES DE USAR
Numa noite de julho passado, pouco antes da hora da ceia, um homem de 24 anos e o seu amigo de 17 decidiram assaltar uma farmácia na cidade ocidental de Perth, na Austrália. Um dos assaltantes teve a ideia de incapacitar o empregado com spray de pimenta: apontando a lata, lançou um jorro de capsicum ardente. Inconvenientemente, o vaporizador estava apontado para trás, e o ladrão atingiu-se a si próprio. Entretanto, o seu cúmplice, armado com uma faca, cortara-se.
Os bandidos conseguiram fugir, mas foram encontrados pouco tempo depois pela polícia local. A última vez que se ouviu falar deles, estavam a tentar explicar o seu duplo azar a um juiz do tribunal distrital.
POR QUEM OS SINOS DOBRAM
Por volta das duas da manhã, um ladrão entrou numa igreja na cidade alemã de Muhlhausen. Na escuridão, tateou à procura de um interruptor; encontrou um disjuntor e experimentou os diversos interruptores. De repente, os sinos da igreja começaram a tocar. Apressadamente, o homem de 32 anos pegou numa imagem de madeira e fugiu, mas acabaria por ser preso pela polícia que patrulhava a zona.
DE VOLTA AOS ASSALTOS EM MENOS DE NADA
Um alarme acionado nas primeiras horas da manhã levou a polícia a um café na região da Flandres, na Bélgica – porém, o ladrão já havia fugido com cerca de 2000 euros. Imagens captadas pelas câmaras de segurança do Café De Gouden Vis (O Peixe Dourado) mostraram que o ladrão tinha gesso na perna direita. Através das câmaras de vigilância, a polícia acompanhou a fuga do ladrão até uma casa nas proximidades do café. Acontece que o bandido tinha roubado a bicicleta em Mechelen na semana anterior: apanhado em flagrante, fugira a toda a brida e acabara por cair de um telhado, partindo o tornozelo. A polícia levou-o ao hospital, onde lhe puseram o gesso. Uma vez libertado, iniciou a sua reabilitação assaltando o café, e sendo novamente preso.
DEIXEM-ME SAIR!
Quando um condutor saiu do carro, em Barcelona, Espanha, para ir pagar o parquímetro, um ladrão aproveitou a sua oportunidade e saltou lá para dentro. Porém, enquanto se afastava, o condutor fechou remotamente as portas do Audi, deixando o ladrão preso dentro do carro.
Depois de quase quatro horas no carro quente, ensopado em suor, desidratado e cada vez mais tonto pela falta de oxigénio, o homem foi finalmente resgatado pela polícia, depois de alguns transeuntes terem reparado nas janelas estranhamente húmidas.
«Felizmente está um dia nublado», disse-lhe um polícia depois de o prenderem. «Se estivesse sol, o senhor estaria morto.»