Lucy Hughes (na imagem) usou desperdícios de peixe para desenvolver um material forte, flexível e translúcido, chamado MarinaTex, que tem o aspeto e o tacto do plástico mas pode ser processado como compostagem de restos alimentares.
Só no Reino Unido são produzidas pela indústria de processamento perto de 490 mil toneladas de desperdício de peixe todos os anos. Tem baixo valor comercial e acaba em aterros ou incinerado. No entanto, com a sua investigação Lucy Hughes descobriu que conseguia criar um substituto para o plástico usando algas vermelhas para ligar as proteínas das peles e escamas de peixe formando folhas translúcidas.
Apenas um bacalhau do Atlântico poderia gerar o desperdício orgânico necessário para fazer 1400 sacos de MarinaTex, diz ela. «Para mim não faz sentido que estejamos a usar plástico, um material incrivelmente durável, para produtos que podem ter um ciclo de vida de menos de um dia.»
Lucy Hughes ganhou o prémio internacional James Dyson para engenheiros de design. Dyson, inventor e empreendedor, refere: «O MarinaTex resolve dois problemas, a ubiquidade dos plásticos de uso único e os desperdícios de peixe. Espero que venha a fazer parte de uma resposta global à abundância do desperdício de plásticos de uso único.»