VERDADEIRO
Em Portugal, a história de D. Pedro e D. Inês de Castro é equivalente à de Romeu e Julieta: o amor é mais forte do que a morte.
D. Pedro I era filho de D. Afonso IV, rei de Portugal entre 1325 e 1357. Na sua qualidade de herdeiro do trono, com cinco anos casou-se por promessa com Branca de Castela, filha do infante Pedro de Castela, mas o casamento foi anulado em 1332 devido à debilidade física e mental da noiva. Em agosto de 1340, casou-se em Lisboa com D. Constança Manuel (1323-1345), filha de um importante nobre castelhano.
No entanto, perdeu-se de amores por D. Inês de Castro, filha de Pedro de Castro, mordomo-mor do rei Afonso XI de Castela, e uma das damas de companhia da sua mulher, D. Constança, com quem teve três filhos.
Vingança macabra
A ligação entre Pedro e Inês provocou conflitos com D. Afonso IV e com a nobreza portuguesa, pois receavam que por essa via os castelhanos pudessem vir a exercer forte influência em Portugal. Assim, o rei mandou matar D. Inês de Castro, em Coimbra, a 7 de janeiro de 1355.
Mal subiu ao trono, D. Pedro ordenou que os três assassinos da rainha, com quem se casara secretamente, fossem mortos com extrema brutalidade, a tal ponto que a um arrancaram o coração pelas costas (...)
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Rainha depois de morta
Odiada por uns, adorada por outros, não tardou que a formosa D. Inês de Castro desse azo a variadas lendas, uma das quais, a mais propagada, se pensa ter tido origem em terras de Castela e segundo a qual D. Pedro teria mandado que as freiras exumassem o seu cadáver no Convento de Santa Clara, em Coimbra, que o cobrissem com um manto púrpura e que o sentassem no trono com uma coroa de ouro na cabeça, tendo depois obrigado a corte, os bispos e a nobreza a beijar-lhe a mão para a reconhecerem como rainha de Portugal.
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Excerto retirado de "A INCRÍVEL HISTÓRIA DO MUNDO"