VERDADEIRO
Em França, a Revolução também foi um assunto de mulheres.
Joana d’Arc abriu o caminho ao combater contra os Ingleses no século xv. Condenada à fogueira, tornou-se a título póstumo um símbolo nacional francês depois de ter sido canonizada. Durante a Revolução Francesa foram muitas as mulheres que seguiram o exemplo da lendária «donzela de Orleães». Thérigne de Méricourt (1762-1817) tornou-se um ícone destas amazonas francesas. Era natural dos Países Baixos e chegou a Paris vinda de Londres, juntou-se aos jacobinos e participou na invasão do palácio das Tulherias, a residência do rei em Paris; devido à coragem que revelou, foi agraciada com um barrete frígio. Além disto, foi pioneira na luta pelo direito de as mulheres empunharem armas como os homens: «Mostremos aos homens que não somos inferiores a eles, nem em coragem nem em virtude», escreveu num registo a insurgir-se contra aqueles que concediam sempre prioridade aos homens.
Emancipação temporária
Embora Thérigne de Méricourt não tenha conseguido concretizar o seu sonho de um exército exclusivamente feminino, durante a Revolução Francesa as mulheres progrediram no plano militar. Foi ainda durante a revolução que começaram as guerras contra potências europeias como a Áustria, a Prússia e a Grã-Bretanha, que se mobilizaram contra a França por temerem que a vaga revolucionária as atingisse, mas todas as coligações foram apanhadas de surpresa ao depararem com a resistência feroz de mulheres que se batiam com todas as suas forças. Uma destas mulheres, Rose Bouillon, (...)
No entanto, (...) a maior parte dos homens considerava que as mulheres se deviam dedicar à família e esquecer os campos de batalha.
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Excerto retirado de "A INCRÍVEL HISTÓRIA DO MUNDO"