A DOENÇA DE ALZHEIMER é uma afeção mental crónica progressiva e degenerativa que se caracteriza pela deterioração das células nervosas no cérebro. Em consequência dela, surgem sintomas – como falta de memória, estados de ansiedade e depressão – que progressivamente evoluem para a desorientação geral, alterações de comportamento e linguagem e para estados de apatia.
Existem fatores que aumentam a probabilidade de desenvolvimento de Alzheimer, nomeadamente tensão arterial alta, colesterol elevado, baixos níveis de estímulo intelectual e/ou social, falta de exercício físico, obesidade, diabetes ou graves e repetidas lesões cerebrais.
Por ora, desconhece-se a cura para esta doença, podendo apenas receitar-se medicamentos que atuam ao nível dos sintomas relacionados com as alterações cognitivas e comportamentais. Embora não consigam evitar a perda progressiva das capacidades cerebrais, estes medicamentos podem ajudar a estabilizar e a minimizar alguns sintomas.
Existem, todavia, medidas adicionais que visam otimizar o funcionamento cognitivo e o bem-estar do doente de Alzheimer, assim como ajudá-lo a aceitar e a adaptar-se à doença.
A toma de alguns suplementos alimentares neste domínio não apresenta efeitos secundários significativos e pode oferecer uma alternativa válida para ajudar os doentes a terem uma melhor qualidade de vida e a contrariar a progressão da doença. Esta toma também se tem revelado benéfica quando feita desde o momento em que se manifestam os primeiros sinais.
Suplementos alimentares que podem ajudar:
Fosfatidilserina. A fosfatidilserina é um fosfolípido presente nas membranas celulares e que se encontra em maior quantidade no cérebro.
Tem um papel relevante na formação de alguns neurotransmissores (nomeadamente a acetilcolina) e a sua utilização está associada à melhoria da memória, à redução do declínio mental e ao aumento da capacidade cognitiva, bem como a uma maior capacidade de concentração.
Acetil-L-Carnitina. Derivado natural do aminoácido carnitina, intervém no metabolismo normal cerebral, atuando como antioxidante. Parece ter funções na área da cognição (discernimento, perceção), aumentando-a quer em indivíduos saudáveis, quer no tratamento de problemas associados à idade avançada,
incluindo na doença de Alzheimer.
Gingko biloba. O Ginkgo biloba é uma planta com potente atividade antioxidante e ação fisiológica principalmente ao nível da circulação e do cérebro. Estas propriedades são devidas aos glicósidos flavónicos do ginkgo (ginkgoheterósidos). Os estudos demonstram que esta planta melhora o fluxo sanguíneo cerebral,
e consequentemente o fornecimento de oxigénio e nutrientes das células cerebrais. Demonstram também que há uma melhoria da memória de curto prazo, assim como da agilidade mental.
Ácido alfalipoico. Funciona com um potente antioxidante, contribuindo para a proteção dos nervos e na promoção da fluidez das membranas celulares dos nervos e na circulação sanguínea nos tecidos nervosos.
Os cuidados alimentares são algo a não desvalorizar. Deve-se optar por uma alimentação rica em fibras, fruta, vegetais e peixe, em detrimento da carne, das gorduras e dos açúcares refinados. O álcool, a cafeína e a nicotina deverão ser evitados.
Por último, manter o cérebro ativo ajuda a fortalecer as ligações entre as células cerebrais. Por este motivo, recomendam-se as atividades que envolvam novas aprendizagens e a participação em práticas culturais e de lazer.